quinta-feira, 28 de maio de 2009

Ogunhê!!


Ogum, uma das divindades mais importantes do panteão dos orixás africanos é extremamente cultuado nas religiões afro brasileiras, sobretudo na Umbanda, onde o Orixá é sincretizado com São Jorge. Existem várias formas de divindades de Ogum como Ogum Megê, Ogum Beira-Mar, Ogum Iara, Ogum Rompe Mato entre outros... 

Mas não vim falar disso... 

Na verdade, vim pela empolgação de sábado (23 de maio), onde a banda pode, pela primeira vez, chegar pertíssimo do que será a música "Ogunhê" (saudação à Ogum), que virá a ser a proposta de abertura dos shows. Quase uma invocação nordestina ao Orixá africano, digo nordestina, por conta da mistura, que de início tendia a Umbanda mesmo, o tribal africano, quase uma recriação dos terreiros, porém, com o material que tínhamos e a presença de mais um "colaborador" (Hugo), a música tomou outro rumo, partiu para outra intenção e foi bater na capoeira e maracatu cearense, duas expressões populares típicas do Ceará, o que deu uma temperada à mais na música.

A presença de Hugo deu gás a mais, na verdade a percussão é de fato o tempero final, a cereja do bolo para maioria das músicas. Fazer música brasileira hoje sem percussão é como comer “panelada diet” ou assistir “Zorra Total”. Hugo é fundador do projeto “Cactus”, movimento embrionário que dá cursos de confecção de instrumentos musicais, fora o grupo musical feito com meninos do próprio bairro. A parceria surgiu de uma proposta para a música “Sardentinha”, um funk onde Hugo e os meninos tocariam em instrumentos de lata.

A parceria virou amizade e aos sábados a banda ensaia nas áreas do Hugo, aproveitando a parceria que foi se estendendo para outras músicas, como essa, Ogunhê, onde o timbáu toma uma proporção interessante junto a guitarra que recria um berimbau!

Saravá!

3 comentários:

  1. Tá ficando linda a música. Eu já ouvi e é incrível a capacidade de vocês de se transformarem dentro da banda, experimentando diversos ritmos novos. Gostei!

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